Olha a pegada do vaqueiro, menino
Isso é Vilões do Forró e Tony Baldock

Lembro com muita saudade daquele bailinho
A gente dançava bem agarradinho
A gente ia mesmo pra se abraçar

Você com laquê no cabelo e um vestido rodado
E aquelas anáguas com tantos babados
Você se sentava só pra me mostrar

E tudo que a gente transava era três, quatro cubas
Eu era a raposa, você eras as uvas
E sempre querendo seu beijo roubar

Por mais que você se esquivasse, eu tinha certeza
Que no fim do baile, na minha lambreta
Aquele broto bonito ia me abraçar

E quando a orquestra tocava Besame Mucho
Eu lhe apertava e olhava seu busto
No corpete querendo pular

Eu todo cheiroso à Lancaster e você à Chanel
Eu era um menino, mas fazia o papel
De um homem terrível só pra lhe guardar

E tudo que a gente transava era três, quatro cubas
Eu era a raposa, você as uvas
E sempre querendo seu beijo roubar

Por mais que você se esquivasse, eu tinha certeza
No fim do baile, na minha lambreta
Contente, pra casa eu ia te levar

Ao chegar na tua casa, em frente ao portão
Um beijo, um abraço, minha mão, tua mão
Com medo que o velho pudesse acordar

A pílula já existia, mas nem se falava
Nos conselhos que tua mãe te dava
Tinha um que dizia só depois que casar

E tudo que a gente transava era três, quatro cubas
Eu era a raposa, você as uvas
Eu sempre querendo seu beijo roubar

E por mais que você se esquivasse, eu tinha certeza
No fim do baile, na minha lambreta
Aquele broto bonito ia me abraçar

E tudo que a gente transava era três, quatro cubas
Eu a raposa, você as uvas
Eu sempre querendo seu beijo roubar

Por mais que você se esquivasse, eu tinha certeza
No fim do baile, na minha lambreta
Aquele corpo bonito ia me abraçar