O destino é potro xucro que não se enfrena no más
Dá tombo por ser ventana e empurra o taura pra trás
Rodadas mil e sem conta já levei por caborteiro
Sou guapo que cai e monta sem ter ninguém por parceiro
Cavalo velho, ginete guapo
Só resta um fiapo de tirador
Peçuelo gasto, flete sem basto
Tombou no pasto um domador
No lombo deste destino joguei os bastos da sorte
Cinchando na barrigueira meus sonhos de todo porte
Mas o tal potro maleva pro brejo se enveredou
Cheio de espinhos de treva e escramuçando planchou
Cavalo velho, ginete guapo
Só resta um fiapo de tirador
Peçuelo gasto, flete sem basto
Tombou no pasto um domador
E a tal sorte, esta tirana que um dia foi meu cambicho
Ficou acoando de longe como guaipeca em bolicho
Do potro fera que eu falo perdi o rastro e o tino
Pois quem não tem bom cavalo perde de luz pra o destino
Cavalo velho, ginete guapo
Só resta um fiapo de tirador
Peçuelo gasto, flete sem basto
Tombou no pasto um domador