Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival
Que selva outro lenho produz que traga em si fruto igual?
Quão doce peso conduz o lenho celestial
Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival
Cantem meus lábios a luta que sobre a cruz se travou
Cantem o nobre triunfo que no madeiro alcançou
O redentor do universo, quando por nós, se imolou
Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival
Que selva outro lenho produz que traga em si fruto igual?
Quão doce peso conduz o lenho celestial
Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival
O criador teve pena do primitivo casal
Que foi ferido de morte comendo o fruto fatal
E marcou logo outra árvore para curar-nos do mal
Quão doce peso conduz o lenho celestial
Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival
Tal ordem foi exigida na obra da salvação
Cai o inimigo no laço de sua própria invenção
Do próprio lenho da morte, Deus fez nascer redenção
Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival
Que selva outro lenho produz que traga em si fruto igual?
Na plenitude dos tempos, a hora santa chegou
E pelo Pai enviado, nasceu do mundo o autor
Que duma virgem no seio, a nossa carne tomou
Quão doce peso conduz o lenho celestial
Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival
Seis lustros tendo passado, cumpriu a sua missão
Só para ela nascido, livre, se entrega à paixão
Na cruz, se eleva o Cordeiro como perfeita oblação
Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival
Que selva outro lenho produz que traga em si fruto igual?
Glória e poder à Trindade, ao Pai e ao Filho, louvor
Honra ao Espírito Santo, eterna glória ao Senhor
Que nos salvou pela graça e nos remiu pelo amor
Quão doce peso conduz o lenho celestial
Fiel madeiro da santa cruz, ó, árvore sem rival