Óh, óia eu aí nesse disco aí!
Solicitado, tá vendo?
Que que a cobra come?
A cobra come sapo, éh!
Lá no Central Park tem uma lagoa
Cheia de sapo e uma perereca boa
Filha querida de madame rã
Que tem muito fã, mas não é uma sapa à toa
Cuida da filha mais bela
Que é senhor pra ser donzela
Todo sapo tá na tela
Mas em volta é só capim
E a perereca cantava assim
E a perereca cantava assim
Eu tava ali curtindo de canoa
E vi um sapo-boi, o rei das 'mina' da lagoa
Um bicho doido de olho estufado
Com o peito inchado, como todo peixe que voa
E partiu para a conquista
Dando uma de surfista
E com ela deu de vista
E pediu: Cante pra mim
E a perereca cantou assim
E a perereca cantou assim
Olho no olho no meio do lago
Teve pouco papo, o sapo boi (ih!) era gago
Aproveitaram o resto do dia
Rangando mosquito e mergulhados na água fria
Mas o sapo era fera
Numa pererepaquera
Se não fosse a rã já era
E a bronca foi ruim
E a perereca chorava assim
E a perereca chorava assim
De madrugada o sapo deu bandeira
De óculos ray-ban escorregou na ribanceira
Caiu de frente pros olhinho dela
E já bateu pra ela
Sou atleta de primeira
Mas a noite era criança
Começou, então, a dança
Acordaram a vizinhança
E a história teve fim
Com a perereca suspirando assim
Com a perereca suspirando assim
E a mãezinha dela soluçava assim
E o sapo gritava: Até que enfim!
E a galera toda fazia assim
É, é o seguinte, eles querem usar minha cuca
E então, eu tô de cuca pronta e vô bate um papo
Que é o seguinte: A perereca é filha do sapo boi
Com a sapa vaca, tá sabendo?
A perereca é filha daquela que foi
Sem nunca ter sido, éh, é isso aí!
Botô banca e eu fui pro brejo
Tem que facilitar, tem que colaborar
É, sempre pinta um sapo com a sua presença
É, onde é que eu tô, malandro? Que bandeira!
Eu tô aqui na maior das inocência. Qual que é, qualé?
Eu entrei numa de morgar, tá sabendo?
Entrei numa de morgar